Manto


Manto do Círio 2025 – Maria, Mãe e Rainha de Toda a Criação

Manto do Círio (costa) 2025 – Maria, Mãe e Rainha de Toda a Criação

Nossa Senhora de Nazaré

Manto do Círio 2025

Maria, Mãe e Rainha de Toda a Criação

Um dos ícones do Círio de Nazaré é o Manto da Imagem Peregrina, apresentado às vésperas da Procissão do Translado, tornando-se um verdadeiro livro aberto, a ser contemplado e feito para suscitar vida e santidade no coração de todos os que têm consciência de que Maria "passa na frente".

O Manto agora apresentado foi refletido e rezado em profundidade, para que Maria, estrela da Evangelização, com a lua sob os pés ela mesma coroada de doze estrelas, seja sinal da grandeza de Deus, que cria, sustenta e envolve toda a criação. Aquela que se fez serva, escrava da Palavra de Deus, passa na frente, pelas nossas ruas e tantos locais a serem visitados, proclamando com sua beleza, aquela que é toda bela, isenta de toda mancha do pecado, nos conduza ao cuidado com as pessoas e com a criação que Deus nos entregou para cuidar com carinho!

Que a Virgem Mãe de Nazaré escute nosso brado, no Círio de 2025, levando ao Senhor nossas necessidades e a nossa Esperança da realização, em nosso tempo, das promessas de Deus e a Esperança da Vida Eterna, da qual nos fizemos peregrinos durante este tempo de graça!

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Emérito de Belém do Pará


DESCRITIVO DO MANTO 2025

No princípio, Deus criou todas as coisas por sua Palavra. Em seis dias completou sua obra e, no sétimo, descansou, declarando que tudo era bom.

No jardim do Éden, colocou sua obra-prima, Adão e Eva, para que vivessem em harmonia com Ele e cuidassem da criação. O Éden era repleto de beleza e paz, e o homem desfrutava de todas as maravilhas criadas, tendo permissão de comer de todas as árvores, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal, cujo fruto traria a morte.

Quando a serpente seduziu Eva, prometendo que seria como Deus se comesse do fruto proibido, Adão também cedeu, e assim o pecado entrou no mundo. Mas o Senhor, em sua infinita misericórdia, já havia preparado um plano de redenção.

Se pela desobediência de Eva veio a condenação, pela obediência de Maria recebemos a salvação. Maria foi predestinada e preservada de toda mancha do pecado para acolher em seu seio o Redentor, Jesus Cristo.

Do alto dos céus, ao lado de seu Filho, ela vela por toda a criação com amor materno. Sua obediência à vontade de Deus é perfeita, e por isso ela reina como aquela que se fez terra fértil para que da semente divina germinasse o fruto de salvação. Ela nos ensina e nos conduz ao caminho do Céu.

Na beleza de tudo o que Deus criou, Maria se faz presente como Mãe e Rainha de toda criação, pois é dela o sim que foi capaz de curar e redimir todo pecado desde o princípio. E ela continua nos guardando contra as investidas do inimigo, para que, fortalecidos pela redenção do preciosíssimo sangue de Jesus, possamos seguir seu exemplo na fidelidade e alcançar a vida eterna.

O Manto

O manto de 2025 faz uma homenagem a um dos mosaicos da Basílica-Santuário. Ele traz em seu centro a Árvore da Vida, que no início foi símbolo do núcleo da criação perfeita de Deus e, no plano da redenção, tornou-se a Cruz de Cristo.

Nele, Adão e Eva, já redimidos pelo amor encarnado e consumado de Deus, se prostram em adoração diante de Jesus.

Ao longo de todo o manto, contemplamos as maravilhas da criação: a noite e o dia, as estrelas e as águas, cada elemento revelando infinitos significados em nossa caminhada cristã.

Das águas surgem ramos de rosas, recordando a promessa de que uma mulher esmagaria a cabeça da serpente, vencendo o mal. Essa mulher é Maria, que trouxe ao mundo o Salvador e, com suas virtudes, nos ensina o caminho de volta ao Céu.

Materiais Utilizados na Confecção

O manto de 2025 foi confeccionado em cetim italiano, com o fundo bordado em vidrilhos de cristal branco acetinado.

As folhas da árvore são representadas por cristais verdes, e as pequenas rosas que adornam a árvore, são feitas de coral.

O céu, bordado em cristais em diversos tons de azul, traz também zircônias, simbolizando as estrelas.

Abaixo da árvore, podemos ver uma base verde, bordada com hematitas naturais, e uma rocha dividida, quebrada, também bordada em diversos tons de vidrilhos para que fosse alcançado o efeito de profundidade e textura.

As águas, tem a base bordada em linha e recoberta por cristais. As espumas das águas, são bordadas em miçangas, e todo trabalho é feito em relevo, garantindo que o manto tivesse um efeito tridimensional.

No centro das águas, surge uma aurora bordada em vidrilhos de cristal e uma pedra preciosa de 20 quilates, uma moissanita amarela, representando o sol.

Nas Rosas, também bordadas com volume, podemos ver dois tons de rosa, criando o efeito de profundidade, luz e sombra.

Em torno das rosas, pequenas abelhas de metal adornam o manto, símbolo do trabalho em comunidade, trabalhando não para si, mas para um bem maior. Essas abelhas somos nós, igreja de cristo.

As folhas das roseiras, são feitas em vidrilho, e moldadas em arame manualmente para que tenham movimento.

A borda do manto é bordada com contas de opala, sugerindo uma moldura de mármore.


O BROCHE

O broche deste ano vem em formato redondo, feito em prata, e trás o símbolo "Peregrinos da Esperança" para o Jubileu de 2025, que representa a humanidade caminhando unida em busca da esperança e da fé mesmo em meio às dificuldades da vida, simbolizadas pelas ondas.

A cruz se transforma em uma âncora, que é um símbolo tradicional da esperança, especialmente em situações de tempestade, e a imagem transmite a ideia de uma fé comunitária que oferece segurança, união e estabilidade.

Em Torno da peça, a corda do CÍRIO, símbolo de união e comunidade, onde romeiros caminham unidos, mesmo com muita dificuldade, permanecem em Cristo e sua mãe, em busca de esperança.


Equipe Manto 2025
DESENHO:
Leticia Nassar
ESTILISTA:
Leticia Nassar
BORDADO:
Daniella Guerra
Fernando Machado
Luiz Paulo Ferreira
COSTURA E ACABAMENTOS:
Rita Tomé
APOIO:
Sheila Craveiro